Campo Harmônico (Parte 1) – Maior
Olá pessoal, nessa aula vamos falar sobre um assunto fundamental para o domínio da linguagem harmônica, do entendimento da sistemática na improvisação tonal e do processo de composição musical que é Campo Harmônico. Veremos o que é, quais são os tipos e como aplicá-los.
Para o entendimento pleno dessa aula recomendo ler os textos:
Intervalos – Definição e Aplicação
Formação de Acordes e Cifragem
Definição: Quando falamos de Campo estamos nos referindo a abrangência e limitação, pensamos em agrupamento, espaço e afinidade. Usamos esse termo em diversas situações:
Campo de Futebol → É a área onde jogamos bola, o espaço que confina os jogadores durante a partida. Se a bola sair desse campo o jogo é pausado, é cobrada a reentrada da bola (lateral) e dá-se continuidade.
Campo Gravitacional → É toda a região que sofre a ação da gravidade. O campo gravitacional da Terra vai muito além do nosso chão ou céu, ele segura a lua em posição, e todo esse espaço que responde a ação do nosso planeta faz parte do Campo Gravitacional dele.
Campo Eletromagnético→ É a área em torno de um objeto que sofre a influência eletromagnética desse mesmo objeto.
Campo Harmônico de uma escala→ É tudo que está relacionado com essa escala, de notas e intervalos a acordes, de arpejos a outras escalas. De forma resumida é tudo que podemos fazer com as notas de uma determinada escala.
Então o conceito de Campo Harmônico vai muito além da simples formação de acordes de tríade e tétrade usando as notas de uma escala. Podemos incluir as notas de tensão, o leque completo de acordes, entre eles os suspensos, com baixo trocado e alterados, os intervalos e até mesmo outras escalas (normalmente pentatônicas).
Quais são? Potencialmente qualquer escala tem o seu campo harmônico mas alguns se popularizaram mais, como o Campo Harmônico Maior, Menor Natural, Menor Harmônico, Menor Melódico, Diminuto (e DomDim), Hexafônico (Tons Inteiros) e Aumentado. Podemos ter ainda os campos das pentatônicas, escalas Be Bop (8 notas), exóticas ou qualquer outra escala.
No nosso sistema de música ocidental a escala cromática é a mais completa, possui as 12 notas, então seu campo harmônico também é o mais completo com todos os acordes e escalas.
Pra que serve? É através da dedução do campo harmônico de uma escala que sabemos quais são os acordes e tensões compatíveis e que conseguimos definir todas as opções melódicas para um determinado acorde. Vou colocar de forma simples: se um acorde faz parte de um campo harmônico, você poderá usar a escala para solar em cima desse acorde. Como um mesmo acorde pode aparecer em diferentes campos harmônicos teremos diferentes opções de escala para tocar.
Exemplo:
Com a escala de Dó maior consigo formar o acorde de C7M, então posso usar essa escala para solar em cima do acorde.
Com a escala de Sol maior consigo formar o acorde de C7M, então posso usar essa escala para solar em cima do acorde.
Com a escala de Mi menor harmônica consigo formar o acorde de C7M, então posso usar essa escala para solar em cima do acorde.
Rapidamente encontramos 3 opções de escala para usar em cima do acorde de C7M e cada uma irá proporcionar uma sonoridade diferente.
Também é através dos Campos Harmônicos que conseguimos entender a relação de proximidade entre acordes de uma harmonia firmando assim o conceito tonal. É através dessas compatibilidades que fazemos música e dominar o conceito de Campo Harmônico é mais um passo para dominar o conceito musical.
Vamos primeiro definir o que faz parte de um campo harmônico…
- 1 – As notas da escala→ temos 15 possibilidades de escala maior, todas obedecem uma relação estreita de tons:
- 2 – Intervalos→ qualquer combinação intervalar entre as notas da escala.
- 3 – Tríades→ Acordes formados com Tônica, Terça e Quinta, todas as notas pertencentes a escala.
- 4 – Tétrades→ Acordes formados com Tônica, Terça, Quinta e Sétima, todas as notas pertencentes a escala.
- 5 – Demais acordes→ Qualquer acorde formado usando as notas da escala.
- 6 – Escalas→ Reduções da escala do campo.
- 7 – Arpejos→ Que são as notas dos acordes tocadas de forma melódica.
- 1 – As notas da escala→ A escala de Dó Maior é fomada pelas notas Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si. Então essas 7 notas fazem parte do Campo Harmônico de Dó Maior. São essas notas, e apenas elas, que serão usadas para formar todos os outros componentes do campo harmônico como os acordes, arpejos e as pentatônicas.
- 2 – Intervalos→ Qualquer combinação entre as notas Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si também vai fazer parte do Campo Harmônico de Dó Maior. Como os intervalos são formados por 2 notas temos as seguintes possibilidades:
- 3 – Tríades→ Formadas pela Tônica do acorde, a terça e a quinta. Como a escala de Dó maior possui 7 notas teremos 7 acordes de tríade, cada uma começando numa das notas da escala.
Escala de Dó Maior: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
São essas as notas que temos disponíveis para construir as tríades pois são elas que definem o campo harmônico de Dó maior. Qualquer outra nota que não faz parte da escala de Dó maior por consequência também não fará parte do Campo Harmônico de Dó maior.
Primeira nota (Grau 1) da escala de Dó Maior→ Nota Dó, será a tônica do primeiro acorde de tríade.
Para completar a tríade precisamos ainda da terça e da quinta que serão:
Então a Tríade de Dó terá as notas Dó, Mi e Sol. Fazendo a análise da distância de tons entre as notas:
2 tons + 1 ½ tom = Tríade maior, então a primeira tríade do Campo Harmônico de Dó maior será a Tríade de C.
Segunda nota (Grau 2) da escala de Dó Maior→ Nota Ré, será a tônica do segundo acorde de tríade.
Definindo a terça e a quinta:
A Tríade de Ré terá as notas Ré, Fá e Lá. Fazendo a análise da distância de tons entre as notas:
1 ½ tom + 2 tons = Tríade menor, então a segunda tríade do Campo Harmônico de Dó maior será a Tríade de Dm.
Terceira nota (Grau 3) da escala de Dó Maior→ Nota Mi, será a tônica do terceiro acorde de tríade.
Definindo a terça e a quinta:
A Tríade de Mi terá as notas Mi, Sol e Si. Fazendo a análise da distância de tons entre as notas:
1 ½ tom + 2 tons = Tríade menor, então a terceira tríade do Campo Harmônico de Dó maior será a Tríade de Em.
Quarta nota (Grau 4) da escala de Dó Maior→ Nota Fá, será a tônica do quarto acorde de tríade.
Definindo a terça e a quinta:
Então a Tríade de Fá terá as notas Fá, Lá e Dó. Fazendo a análise da distância de tons entre as notas:
2 tons + 1 ½ tom = Tríade maior, então a quarta tríade do Campo Harmônico de Dó maior será a Tríade de F.
Quinta nota (Grau 5) da escala de Dó Maior→ Nota Sol, será a tônica do quinto acorde de tríade.
Definindo a terça e a quinta:
Então a Tríade de Sol terá as notas Sol, Si e Ré. Fazendo a análise da distância de tons entre as notas:
2 tons + 1 ½ tom = Tríade maior, então a quinta tríade do Campo Harmônico de Dó maior será a Tríade de G.
Sexta nota (Grau 6) da escala de Dó Maior→ Nota Lá, será a tônica do sexto acorde de tríade.
Definindo a terça e a quinta:
A Tríade de Lá terá as notas Lá, Dó e Mi. Fazendo a análise da distância de tons entre as notas:
1 ½ tom + 2 tons = Tríade menor, então a sexta tríade do Campo Harmônico de Dó maior será a Tríade de Am.
Sétima nota (Grau 7) da escala de Dó Maior→ Nota Si, será a tônica do sétimo acorde de tríade.
Definindo a terça e a quinta:
A Tríade de Si terá as notas Si, Ré e Fá. Fazendo a análise da distância de tons entre as notas:
1 ½ tom + 1 ½ tom = Tríade diminuta, então a sétima tríade do Campo Harmônico de Dó maior será a Tríade de Bm(b5).
Tabela com o resumo da formação das tríades:
- 4 – Tétrades→ São formados com a adição da sétima ao acorde de tríade.
Observe as sétimas na tabela abaixo:
Temos na prática 3 tipos de sétima possíveis…
Sétima maior→ Fica ½ tom abaixo da tônica. Representada na cifra por 7M.
Sétima menor→ Fica 1 tom abaixo da tônica. Representada na cifra por 7.
Sétima diminuta→ Fica 1 ½ tom abaixo da tônica. Só existe no acorde diminuto (To).
Combinando as tríades com as respectivas sétimas:
- Tríade de C + a nota Si (½ tom abaixo da tônica, ou seja, sétima maior) = C7M
- Tríade de Dm + a nota Dó (1 tom abaixo da tônica, ou seja, sétima menor) = Dm7
- Tríade de Em + a nota Ré (1 tom abaixo da tônica, ou seja, sétima menor) = Em7
- Tríade de F + a nota Mi (½ tom abaixo da tônica, ou seja, sétima maior) = F7M
- Tríade de G + a nota Fá (1 tom abaixo da tônica, ou seja, sétima menor) = G7
- Tríade de Am + a nota Sol (1 tom abaixo da tônica, ou seja, sétima menor) = Am7
- Tríade de Bm(b5) + a nota Lá (1 tom abaixo da tônica, ou seja, sétima menor) = Bm7(b5)
Temos então as seguintes Tétrades:
- 5 – Demais acordes→ Existem muitas categorias de acordes, entre eles os suspensos (retira-se a terça do acorde e acrescenta-se a segunda ou quarta), os alterados (maior com sétima menor e qualquer combinação de b9, #9, b5 e #5), com baixo trocado, com sexta ou com notas de tensão (b9, 9, #9, 11, #11, b13, 13). Independente do tipo do acorde, para fazer parte do Campo Harmônico de Dó maior qualquer nota presente na sua formação deverá fazer parte da escala de Dó maior.
Tensões disponíveis por grau da escala:
Primeiro grau (Grau 1)→ É representado pela nota Dó, tríade de C e tétrade de C7M.
Tensões:
- A segunda ou nona de Dó será a nota Ré (1 tom acima) representada pela cifra 2 ou 9.
- A quarta ou décima primeira de Dó será a nota Fá (2 ½ tons acima) representada pela cifra 4 ou 11. Essa décima primeira não é usada em música tonal pois gera um conflito com a terça e a sétima do acorde de C7M confundindo a sua função dentro da música. Como esse é o primeiro acorde do campo harmônico e nosso ponto de partida, deverá passar a sensação de repouso (ou resolução) e essa décima primeira desestabiliza o acorde.
- A sexta ou décima terceira de Dó será a nota Lá (4 ½ tons acima) representada pela cifra 6 ou 13.
Segundo grau (Grau 2)→ É representado pela nota Ré, tríade de Dm e tétrade de Dm7.
Tensões:
- A segunda ou nona de Ré será a nota Mi (1 tom acima) representada pela cifra 2 ou 9.
- A quarta ou décima primeira de Ré será a nota Sol (2 ½ tons acima) representada pela cifra 4 ou 11.
- A sexta ou décima terceira de Ré será a nota Si (4 ½ tons acima) representada pela cifra 6 ou 13. O acorde de Dm6 pode ser visto como uma inversão do sétimo grau Bm7(b5) pois possui as mesmas notas (Dm6 – D F A B = Bm7(b5) – B D F A). É comum usar o Dm6 para substituir o Bm7(b5).
Terceiro grau (Grau 3)→ É representado pela nota Mi, tríade de Em e tétrade de Em7.
Tensões:
- A segunda ou nona de Mi será a nota Fá (½ tom acima) representada pela cifra b2 ou b9. Essa nona menor (b9) normalmente é adicionada ao acorde junto com a suspensão, ou seja, retira-se a terça e acrescenta-se também a quarta justa.
- A quarta ou décima primeira de Mi será a nota Lá (2 ½ tons acima) representada pela cifra 4 ou 11.
- A sexta ou décima terceira de Mi será a nota Dó (4 tons acima) representada pela cifra b6 ou b13. Essas tensões quando usadas tendem a fazer o acorde soar como primeiro grau. O acorde de Em acaba virando um acorde de C7M já que o primeiro grau é mais forte (Em(b6) tem as notas E G B C e o acorde de C7M tem as mesmas notas: C E G B).
Quarto grau (Grau 4)→ É representado pela nota Fá, tríade de F e tétrade de F7M.
Tensões:
- A segunda ou nona de Fá será a nota Sol (1 tom acima) representada pela cifra 2 ou 9.
- A quarta ou décima primeira de Fá será a nota Si (3 tons acima) representada pela cifra #4 ou #11.
- A sexta ou décima terceira de Fá será a nota Ré (4 ½ tons acima) representada pela cifra 6 ou 13.
Quinto grau (Grau 5)→ É representado pela nota Sol, tríade de G e tétrade de G7.
Tensões:
- A segunda ou nona de Sol será a nota Lá (1 tom acima) representada pela cifra 2 ou 9.
- A quarta ou décima primeira de Sol será a nota Dó (2 ½ tons acima) representada pela cifra 4 ou 11. O uso da décima primeira deve ser cauteloso já que confunde o trítono do acorde. A melhor opção é a suspensão do acorde com a quarta justa.
- A sexta ou décima terceira de Sol será a nota Mi (4 ½ tons acima) representada pela cifra 6 ou 13.
Sexto grau (Grau 6)→ É representado pela nota Lá, tríade de Am e tétrade de Am7.
Tensões:
- A segunda ou nona de Lá será a nota Si (1 tom acima) representada pela cifra 2 ou 9.
- A quarta ou décima primeira de Lá será a nota Ré (2 ½ tons acima) representada pela cifra 4 ou 11.
- A sexta ou décima terceira de Lá será a nota Fá (4 tons acima) representada pela cifra b6 ou b13. A inserção dessas tensões pode fazer o acorde de tríade soar como o quarto grau F7M já que terá as mesmas notas (Am(b13) possui as notas A C E F, as mesmas de F7M – F A C E).
Sétimo grau (Grau 7)→ É representado pela nota Si, tríade de Bm(b5) e tétrade de Bm7(b5).
Tensões:
- A segunda ou nona de Si será a nota Dó (½ tom acima) representada pela cifra b2 ou b9.
- A quarta ou décima primeira de Si será a nota Mi (2 ½ tons acima) representada pela cifra 4 ou 11.
- A sexta ou décima terceira de Si será a nota Sol (4 tons acima) representada pela cifra b6 ou b13.
Abaixo a tabela com o resumo das tensões por grau do campo harmônico:
Acordes Suspensos: São aqueles que possuem na sua formação a segunda maior (2) ou a quarta justa (4) no lugar da terça do acorde de tríade ou tétrade. Analisando a tabela acima vemos que…
- Os graus 1, 2, 4, 5 e 6 permitem uma segunda maior.
- Os graus 1, 2, 3, 5, 6 e 7 permitem uma quarta justa.
Temos então as seguintes possibilidade de acordes suspensos:
- O acorde de C7M/4 não é utilizado dentro da música tonal por ter na sua formação um trítono entre a quarta (Fá) e a sétima do acorde (Si) confundindo a função do acorde.
- O acorde de C7M/2 (C D G B) pode ser reescrito como um acorde de G/C pois possui as mesmas notas.
- O acorde de D7/2 (D E A C) pode ser reescrito como um acorde de Am/D pois possui as mesmas notas.
- O acorde de F7M/2 (F G C E) pode ser reescrito como um acorde de C/F pois possui as mesmas notas.
- O acorde de G7/2 (G A D F) pode ser reescrito como um acorde de Dm/G pois possui as mesmas notas.
- O acorde de A7/2 (A B E G) pode ser reescrito como um acorde de Em/A pois possui as mesmas notas.
Acordes de sexta maior (6): Podem ser vistos de forma enarmônica, por exemplo…
C6 (C E G A) tem as mesmas notas de Am7 (A C E G).
Dm6 (D F A B) tem as mesmas notas de Bm7(b5) (B D F A).
Em não aceita a sexta maior, somente a sexta menor (b6→ nota Dó). Quando esse acorde recebe a sexta menor acaba sendo analisado como o primeiro grau invertido (C/E).
F6 (F A C D) tem as mesmas notas de Dm7 (D F A C).
G6 (G B D E) tem as mesmas notas de Em7 (E G B D).
Am não aceita a sexta maior, somente a sexta menor (b6→ nota Fá). Quando esse acorde recebe a sexta menor acaba sendo analisado como o quarto grau invertido (F/A).
Bm(b5) não aceita a sexta maior, somente a sexta menor (b6→ nota Sol). Quando esse acorde recebe a sexta menor acaba sendo analisado como o quinto grau invertido (G/B).
Acordes de Baixo Trocado: É quando a nota do baixo é diferente da tônica do acorde. Qualquer nota da escala de Dó maior pode servir como baixo. Teremos as seguintes combinações:
Grau 1→ C | C/D | C/E | C/F | C/G | C/A | C/B
Grau 2→ Dm | Dm/E | Dm/F | Dm/G | Dm/A | Dm/B | Dm/C
Grau 3→ Em | Em/F | Em/G | Em/A | Em/B | Em/C | Em/D
E assim por diante…
O baixo também pode ser trocado em qualquer variação do acorde base, por exemplo:
Dm/F | Dm7/A | D4/E | Dm7(9)/E etc…
O emprego das tensões disponíveis no campo harmônico: Usam o princípio da tensão compatível, ou seja, precisam estar 1 tom acima das notas do acorde para serem utilizadas.
Grau 1→ Acorde de C (C E G) ou C7M (C E G B)→ acorde Jônico.
1 tom acima da tônica (Dó) será a nota Ré, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (9). Exemplos: C9 | C7M(9)
1 tom acima da terça (Mi) será a nota Fá#, ausente na escala de Dó maior, tensão não utilizada. Para empregar a nota Fá no acorde de primeiro grau deve-se retirar a terça do acorde e indicar isso na cifra como uma quarta – C4. A décima primeira (11) não é utilizada pois gera conflito com a terça do acorde e um trítono com a sétima confundindo a sua função harmônica.
1 tom acima da quinta (Sol) será a nota Lá, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (13). Quando o acorde não tiver sétima escreve-se na cifra como uma sexta (C6). Quando a sétima existir essa nota gera tensão e é escrita como uma décima terceira (13). Exemplos: C6 | C7M(13)
Grau 2→ Acorde de Dm (D F A) ou Dm7 (D F A C).
1 tom acima da tônica (Ré) será a nota Mi, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (9). Exemplos: Dm9 | Dm7(9)
1 tom acima da terça (Fá) será a nota Sol, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (11). Exemplos: Dm11 | Dm7(11)
1 tom acima da quinta (Lá) será a nota Si, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (13). Quando o acorde não tiver sétima escreve-se na cifra como uma sexta (Dm6→ acorde Dórico). Quando a sétima existir essa nota gera tensão e é escrita como uma décima terceira (13). Exemplo: Dm7(13)
Grau 3→ Acorde de Em (E G B) ou Em7 (E G B D).
1 tom acima da tônica (Mi) será a nota Fá#, ausente na escala de Dó maior, tensão não utilizada. O emprego da nota Fá (b9) normalmente se faz com a retirada da terça do acorde e a adição da quarta justa (acorde Frígio). Exemplo: E4(b9)
1 tom acima da terça (Sol) será a nota Lá, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (11). Exemplos: Em11 | Em7(11)
1 tom acima da quinta (Si) será a nota Dó#, ausente na escala de Dó maior, tensão não utilizada. A nota Dó (b6) quando usada somada a tríade de Em gera um acorde de primeiro grau invertido pois possui as mesmas notas. Em(b6) (E G B C) = C7M (C E G B).
Grau 4→ Acorde de F (F A C) ou F7M (F A C E).
1 tom acima da tônica (Fá) será a nota Sol, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (9). Exemplos: F9 | F7M(9)
1 tom acima da terça (Lá) será a nota Si, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (#11). Exemplo: F7M(#11) → acorde Lídio.
1 tom acima da quinta (Dó) será a nota Ré, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (13). Exemplo: F7M(13)
Grau 5→ Acorde de G (G B D) ou G7 (G B D F)→ acorde Mixolídio.
1 tom acima da tônica (Sol) será a nota Lá, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (9). Exemplos: G9 | G7(9)
1 tom acima da terça (Si) será a nota Dó#, ausente na escala de Dó maior, tensão não utilizada. O emprego da quarta justa (Dó) junto com a terça do acorde (Si) pode confundir a resolução do trítono enfraquecendo a função harmônica e por consequência a cadência. O uso da nota Dó deverá na maioria das vezes aparecer como suspensão (4). Exemplo: G4
1 tom acima da quinta (Ré) será a nota Mi, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (13). Exemplo: G7(13)
Grau 6→ Acorde de Am (A C E) ou Am7 (A C E G)→ acorde Aeólio.
1 tom acima da tônica (Lá) será a nota Si, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (9). Exemplos: Am9 | Am7(9)
1 tom acima da terça (Dó) será a nota Ré, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (11). Exemplos: Am(11) | Am7(11)
1 tom acima da quinta (Mi) será a nota Fá#, ausente na escala de Dó maior, tensão não utilizada. A nota Fá (b6) quando usada somada a tríade de Am gera um acorde de quarto grau invertido pois possui as mesmas notas. Am(b6) (A C E F) = F7M (F A C E).
Grau 7→ Acorde de Bm(b5) (B D F) ou Bm7(b5) (B D F A)→ acorde Lócrio.
1 tom acima da Tônica (Si) será a nota Dó#, ausente na escala de Dó maior, tensão não utilizada. O uso da tensão b9 (nota Dó) é evitada pois confunde o trítono do acorde (entre as notas Si e Fá) enfraquecendo a função do acorde.
1 tom acima da terça (Ré) será a nota Mi, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (11). Exemplos: Bm(b5/11) | Bm7(b5/11)
1 tom acima da quinta (Fá) será a nota Sol, presente na escala de Dó maior, então essa tensão é utilizada (13). A presença dessa nota Sol transforma o acorde de Bm7(b5) (B D F A G) em acorde de quinto grau G7(9) (G B D F A).
Tabela com o resumo das tensões mais utilizadas:
- 6 – Escalas→ Qualquer escala que for uma redução da escala de Dó maior fará parte do seu campo harmônico.
- A Pentatônica de Am7 possui as notas A, C, D, E, G. Podemos ver essa pentatônica como a escala maior sem as notas F e B, então ela é uma redução da escala de Dó maior e faz parte do seu campo harmônico.
- A Pentatônica de Dm7 possui as notas D, F, G, A, C. Podemos ver essa pentatônica como a escala maior sem as notas E e B, então ela é uma redução da escala de Dó maior e faz parte do seu campo harmônico.
- A Pentatônica de Em7 possui as notas E, G, A, B, D. Podemos ver essa pentatônica como a escala maior sem as notas C e F, então ela é uma redução da escala de Dó maior e faz parte do seu campo harmônico.
- A Pentatônica de Dm6 possui as notas D, F, G, A, B. Podemos ver essa pentatônica como a escala maior sem as notas C e E, então ela é uma redução da escala de Dó maior e faz parte do seu campo harmônico.
- A Pentatônica de G7 possui as notas G, B, C, D, F. Podemos ver essa pentatônica como a escala maior sem as notas E e A, então ela é uma redução da escala de Dó maior e faz parte do seu campo harmônico.
Por consequência podemos utilizar qualquer uma das pentatônicas acima ao invés da escala de Dó maior. Observe porém que a utilização das pentas de Dm7, Dm6 e G7, que possuem na sua formação a quarta justa do tom (a nota Fá), deverão ser usadas com cautela em acordes tônicos (que não possuem a nota Fá na sua formação), pois o repouso nessa quarta poderá soar desiquilibrado.
Blue Note→ Pode ser adicionada livremente as pentatônicas pois sua utilização é um efeito de aproximação ou passagem cromática e sua análise dentro do campo harmônico é desconsiderada.
- 7 – Arpejos→ Utilizam os mesmos acordes gerados pela escala de Dó Maior tocados de forma melódica.
Abaixo a tabela com os arpejos mais utilizados do Campo Harmônico de Dó Maior:
Os arpejos com muitas notas de tensão tendem a se confundir com a própria escala do campo harmônico, por exemplo:
Dm7(9/11/13)→ Tem as notas Ré, Fá, Lá e Dó + tensões Mi (9), Sol (11) e Si (13). Somando as notas do tétrade com suas tensões temos a escala de Dó maior: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si.
Relação entre os arpejos e os acordes:
Um arpejo não precisa conter as mesmas notas do acorde de base, muito pelo contrário, podem ser todas diferentes contando que a tensão seja compatível com o acorde. De forma geral pode-se usar a regra de “um tom acima” onde as notas de tensão estarão sempre um tom acima das notas do acorde. O acorde de sétima da dominante (G7 em Dó maior) aceita qualquer tensão com excessão da sétima maior. Temos então as seguintes relações e seus resultados:
Acordes de Tríade X Arpejos
As opções marcadas com o símbolo (x) não são usadas dentro do Campo Harmônico de Dó Maior. Muitas vezes são compatíveis mas entregam uma outra intenção modal, por isso são excluídas do campo.
Os arpejos com sexta foram excluídos pois podem ser vistos de forma enarmônica com os arpejos de tétrade. Alguns dos resultados da combinação dos arpejos do tipo T2 coincidem com os arpejos do tipo T4 pois na sua formação possuem as mesmas notas (exemplo: D2 = A4).
Acordes de Tétrade X Arpejos
Visualização do Campo Harmônico de Dó maior no braço da guitarra:
- Notas e intervalos:
- Tríades:
Formatos das tríades de C:
Formatos das tríades de Dm:
Formatos das tríades de Em:
Formatos das tríades de F:
Formatos das tríades de G:
Formatos das tríades de Am:
Formatos das tríades de Bm(b5):
- Tétrades:
Formatos dos tétrades do Campo Harmônico de C7M (clique nas imagens para ampliar):
- Demais acordes:
Assimilação dos acordes: existem várias formas de conhecer a relação entre os acordes do campo harmônico…
1 – Tocando todos na mesma região do braço, por exemplo:
2 – Tocando os acordes em sequência:
3 – Usando acordes com a mesma sequência de intervalos na estrutura (por exemplo – T 7 3 5):
- Pentatônicas:
Desenhos da Pentatônica de Am7 (Padrão 2 x 2 com Blue Note):
Desenhos da Pentatônica de Dm7 (Padrão 2 x 2 com Blue Note):
Desenhos da Pentatônica de Em7 (Padrão 2 x 2 com Blue Note):
Desenhos da Pentatônica de Dm6 (Padrão 2 x 2 com Blue Note):
Desenhos da Pentatônica de G7 (Padrão 2 x 2 com Blue Note):
Para outros shapes de pentatônica acesse a “Biblioteca dos Shapes de Escalas”
Função Harmônica: Cada acorde dentro do campo harmônico maior desempenha uma função harmônica que está relacionada com a sua estrutura de tríade ou tétrade e o papel que atua na cadência harmônica. Podemos classificá-los em 3 formas…
Tônico→ Ausência da quarta justa da escala (em Dó maior é a nota Fá). Acorde de repouso.
Subdominante→ Possui a quarta justa (Fá) mas não possui a sétima maior da escala (Si). Acorde com tensão intermediária, se afasta do repouso.
Dominante→ Possui a quarta justa (Fá) e a sétima maior da escala (Si) formando um trítono (intervalo de 3 tons). Acorde com tensão, quer se aproximar do repouso.
Fazendo a análise dos acordes do campo harmônico chegamos na seguinte classificação:
Acordes de Empréstimo Modal: A categoria mais comum desses acordes são os emprestados da escala homônima (mesmo nome) menor e vice-versa. Observe o campo harmônico de Dó maior…
C Dm Em F G Am Bm(b5)
C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5)
E o campo harmônico de Dó menor (serão os mesmos acordes do campo harmônico de Eb maior, que é a escala relativa maior – fica 1 ½ tom acima)…
Eb Fm Gm Ab Bb Cm Dm(b5)
Eb7M Fm7 Gm7 Ab7M Bb7 Cm7 Dm7(b5)
Aqueles acordes do campo harmônico de Eb maior (Dó menor) que possuem a quarta justa da escala (nota Láb) poderão ser usados na tonalidade de Dó maior desempenhando função de Acorde de Empréstimo Modal com característica de Subdominante. São eles:
Fm (F Ab C) | Ab (Ab C Eb) | Dm(b5) (D F Ab)
Fm7 (F Ab C Eb) | Ab7M (Ab C Eb G) | Bb7 (Bb D F Ab) | Dm7(b5) (D F Ab C)
Temos com eles a expansão do conceito de tonalidade:
C7M Dm7(b5) Dm7 Em7 Fm7 F7M G7 Ab7M Am7 Bb7 Bm7(b5)
Modos Gregos: São as inversões da escala maior, ou seja, a escala maior começando de um ponto diferente. Como as notas de cada modo grego correspondem as notas da escala maior todo o campo harmônico gerado será o mesmo, observe.
Jônico→ é a escala maior começando na primeira nota (C D E F G A B), possui a mesma relação intervalar que a escala maior e os mesmos acordes.
C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5)
Notas características: C, E e F (a nota F só deverá ser enfatizada se existir no acorde atrás).
Acorde característico: C ou C7M
Cadência típica: C | F | G7 | C
Dórico→ é a escala maior começando na segunda nota (D E F G A B C), como suas notas são as mesmas da escala maior o seu campo harmônico também será o mesmo, começando do segundo acorde.
Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5) C7M
Notas características: D, F e B – A nota Ré é a tônica do modo e do primeiro acorde, a nota Fá define o acorde como menor e a nota Si (sexta maior de Ré) define esse acorde de Dm como segundo grau já que nenhum outro acorde menor do campo harmônico aceita uma sexta maior.
Acorde característico: Dm6 – Possui as 3 notas características, podemos chamar esse acorde de acorde Dórico.
Cadência típica: Dm7 | G7
Frígio→ é a escala maior começando na terceira nota (E F G A B C D)
Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5) C7M Dm7
Notas características: E, F, B – A nota Mi é a tônica do modo e a nota Fá (segunda menor) define esse acorde de Em como terceiro grau já que nenhum outro acorde menor do campo harmônico aceita uma nona menor. A terça menor (nota Sol) pode ser usada como nota característica, mas como é comum a aplicação do modo frígio também com terça maior, então a quinta aparece como a nova opção.
Acorde característico: E7/4(b9) – Possui as 3 notas características, podemos chamar esse acorde de acorde Frígio.
Cadência típica: Em7 | F
Lídio→ é a escala maior começando na quarta nota (F G A B C D E)
F7M G7 Am7 Bm7(b5) C7M Dm7 Em7
Notas características: F, A e B – A nota Fá é a tônica, a nota Lá define o acorde como maior e a nota Si (quarta aumentada) define esse acorde de F como quarto grau já que nenhum outro acorde maior do campo harmônico aceita uma quarta aumentada.
Acorde característico: F7M(#11) – Acorde Lídio.
Cadência típica: F | G/F
Mixolídio→ é a escala maior começando na quinta nota (G A B C D E F)
G7 Am7 Bm7(b5) C7M Dm7 Em7 F7M
Notas características: G, B e F
Acorde característico: G7 – o quinto grau é o único acorde maior com sétima menor – acorde Mixolídio.
Cadência típica: G | F
Aeólio→ é a escala maior começando na sexta nota (A B C D E F G)
Am7 Bm7(b5) C7M Dm7 Em7 F7M G7
Notas características: A, C e F (a nota F só deverá ser enfatizada se existir no acorde atrás).
Acorde característico: Am ou Am7
Cadência típica: Am | Dm | Em | Am
Lócrio→ é a escala maior começando na sétima nota (B C D E F G A)
Bm7(b5) C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7
Notas características: B, D e F
Acorde característico: Bm7(b5) – o sétimo grau é o único com o acorde meio diminuto.
Cadência típica: Bm7(b5) | Am7
Abaixo a relação entre os arpejos e os acordes de tríade e a intenção modal que entregam:
Nem toda a relação entre arpejo e acorde de base gera uma intenção modal concreta. No quadro acima as relações modais estão indicadas com as cores.
Jônico e Aeólio→ Como são as nossas referências tonais de maior e menor, qualquer acorde com a tônica do grau (Dó ou Lá) será característico do modo.
Dórico→ Todos os acordes menores com tônica em Ré que tiverem sexta ou décima terceira são característicos do modo.
Frígio→ Todas as relações que incluirem a nota Fá (b2) sobre o acorde de Em entregarão a intenção frígia. A tensão dos arpejos é bastante elevada.
Lídio→ Todos os acordes maiores com tônica em Fá que tiverem a décima primeira aumentada são característicos do modo.
Mixolídio→ Todos os acordes maiores com tônica em Sol que tiverem a sétima menor são característicos do modo.
Lócrio→ Todos os acordes meio diminutos com tônica em Si que não tiverem a nota Sol na sua formação são característicos do modo.
Abaixo a relação entre os arpejos e os acordes de tétrade e a intenção modal que entregam:
Outros campos harmônicos maiores: Como toda escala maior respeita a relação de tons da sua fórmula podemos dizer que todos os campos harmônicos gerados usam como resultado os mesmos acordes, arpejos, tensões e escalas, mas com tônicas diferentes. Vou ilustrar montando o Campo Harmônico de Lá maior:
Fórmula da escala de Lá maior…
- 1 – As notas da escala→ A B C# D E F# G#
- 2 – Intervalos→ qualquer combinação intervalar entre as notas da escala de Lá maior.
- 3 – Tríades→ Montadas em cada grau da Escala de Lá maior (Tônica + Terça + Quinta):
Grau 1 – A + C# + E = A
Grau 2 – B + D + F# = Bm
Grau 3 – C# + E + G# = C#m
Grau 4 – D + F# + A = D
Grau 5 – E + G# + B = E
Grau 6 – F# + A + C# = F#m
Grau 7 – G# + B + D = G#m(b5)
- 4 – Tétrades→ Montados em cada grau da Escala de Lá maior (Tônica + Terça + Quinta + Sétima):
Grau 1 – A + C# + E + G# = A7M
Grau 2 – B + D + F# + A = Bm7
Grau 3 – C# + E + G# + B = C#m7
Grau 4 – D + F# + A + C# = D7M
Grau 5 – E + G# + B + D = E7
Grau 6 – F# + A + C# + E = F#m7
Grau 7 – G# + B + D + F# = G#m7(b5)
- 5 – Demais acordes→ Qualquer acorde formado usando as notas da escala.
- 6 – Escalas→ Reduções da escala do campo. Teremos as seguintes pentatônicas:
- Pentatônica F#m7 – F# A B C# E, ou seja, a escala de Lá maior sem as notas D e G#.
- Pentatônica Bm7 – B D E F# A, ou seja, a escala de Lá maior sem as notas C# e G#.
- Pentatônica C#m7 – C# E F# G# B, ou seja, a escala de Lá maior sem as notas A e D.
- Pentatônica Bm6 – B D E F# G#, ou seja, a escala de Lá maior sem as notas A e C#.
- Pentatônica E7 – E G# A B D, ou seja, a escala de Lá maior sem as notas C# e F#.
- 7 – Arpejos→ Mesmos resultados dos acordes.
Agora vamos fazer a comparação entre os Campos Harmônicos de Dó Maior e Lá Maior:
Tríades:
- Grau 1 – em ambas as escalas a tríade é um acorde do tipo T (maior).
- Grau 2 – em ambas as escalas a tríade é um acorde do tipo Tm (menor).
- Grau 3 – em ambas as escalas a tríade é um acorde do tipo Tm (menor).
- Grau 4 – em ambas as escalas a tríade é um acorde do tipo T (maior).
- Grau 5 – em ambas as escalas a tríade é um acorde do tipo T (maior).
- Grau 6 – em ambas as escalas a tríade é um acorde do tipo Tm (menor).
- Grau 7 – em ambas as escalas a tríade é um acorde do tipo Tm(b5) (tríade diminuta).
Tétrades:
- Grau 1 – em ambas as escalas a tétrade é um acorde do tipo T7M (maior com sétima maior).
- Grau 2 – em ambas as escalas a tétrade é um acorde do tipo Tm7 (menor com sétima menor).
- Grau 3 – em ambas as escalas a tétrade é um acorde do tipo Tm7 (menor com sétima menor).
- Grau 4 – em ambas as escalas a tétrade é um acorde do tipo T7M (maior com sétima maior).
- Grau 5 – em ambas as escalas a tétrade é um acorde do tipo T7 (maior com sétima menor).
- Grau 6 – em ambas as escalas a tétrade é um acorde do tipo Tm7 (menor com sétima menor).
- Grau 7 – em ambas as escalas a tétrade é um acorde do tipo Tm7(b5) (tríade diminuta com sétima menor).
Tensões: as mesmas nas duas escalas.
Pentatônicas: o mesmo resultado para as duas escalas, ou seja…
- Pentatônica m7 no segundo, terceiro e sexto graus.
- Pentatônica m6 no segundo grau.
- Pentatônica M7 no quinto grau.
Podemos dessa forma estabelecer uma regra geral para qualquer campo harmônico maior:
Para deduzir qualquer outro campo harmônico basta aplicar a tabela acima, por exemplo:
Montar o Campo Harmônico de Bb Maior…
Notas: Basta obedecer a fórmula.
As notas de Bb maior serão: Bb C D Eb F G A
Intervalos: Qualquer combinação entre as notas da escala.
Tríades: Bb Cm Dm Eb F Gm Am(b5)
Tétrades: Bb7M Cm7 Dm7 Eb7M F7 Gm7 Am7(b5)
Notas de substituição e tensões: de acordo com a tabela.
Pentatônicas: Cm7 Dm7 Gm7 Cm6 F7
Acordes de Empréstimo Modal:
Grau 2 no formato Tm7(b5), ou seja, Cm7(b5).
Grau 4 no formato Tm7, ou seja, Ebm7.
Grau 6 no formato bT7M, ou seja, Gb7M.
Grau 7 no formato bT7, ou seja, Ab7.
Abaixo a tabela com o resumo de todos os campos harmônicos maiores (Clique na tabela para ampliar):
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