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Cifras – As diferentes simbologias

Introdução: nessa aula vamos conhecer os símbolos usados para representar cada tipo de acorde e o símbolo referente a cada intervalo adicionado. Para entender a formação dos diferentes acordes leia a aula “Formação de Acordes e Cifragem”.

Tônica do acorde: é a nota mais forte do acorde, o ponto de partida para definir as outras notas que fazem parte da sua estrutura. O acorde recebe o nome da sua tônica, então um acorde de Dó tem a tônica Dó, um acorde de Mib tem a tônica Mib. Usamos letras para representar as notas.


A nota é representada pela letra A dentro do acorde.

Lá = A   |   Lá# = A#   |   Láb = Ab


A nota Si é representada pela letra B dentro do acorde.

Si = B   |   Si# = B#   |   Sib = Bb


A nota é representada pela letra C dentro do acorde.

Dó = C   |   Dó# = C#   |   Dób = Cb


A nota é representada pela letra D dentro do acorde.

Ré = D   |   Ré# = D#   |   Réb = Db


A nota Mi é representada pela letra E dentro do acorde.

Mi = E   |   Mi# = E#   |   Mib = Eb


A nota é representada pela letra F dentro do acorde.

Fá = F   |   Fá# = F#   |   Fáb = Fb


A nota Sol é representada pela letra G dentro do acorde.

Sol = G   |   Sol# = G#   |   Solb = Gb


Quando queremos falar do tipo de acorde sem definir a tônica podemos usar a letra T, ou mesmo a letra X, exemplos:

T7M ou X7M   |   Tm7(b5) ou Xm7(b5)   |   T6 ou X6


Acordes de Tríade:


O acorde de tríade maior é representado apenas pela letra da tônica. Então um Dó maior será cifrado C, um Lá maior será cifrado A. ( T )


O acorde de tríade menor é representado pela letra da tônica acompanhada de um m (minúsculo). Então um Dó menor será cifrado Cm, um Fá# menor será cifrado F#m. Uma alternativa é usar o sinal de – (menos) ao invés do m ou até mesmo min (abreviação de minor). Exemplos:   C-   |   F#-   ( Tm ou T- )


O acorde de tríade diminuta é representado pela letra da tônica acompanhada de um m (minúsculo) e um (b5). Um Dó tríade diminuta fica Cm(b5). Também é possível substituir o m por – (menos) e o b5 por -5. Exemplos:   C-(-5)   |   F#-(-5)   ( Tm(b5) ou T-(-5) ou Tm(-5) )


O acorde de tríade aumentada é representado pela letra da tônica acompanhada de um (#5). Um Dó tríade aumentada fica C(#5). Pode-se substituir o #5 por +5, ou apenas +. Exemplos:   C(+5)   |   C+   ( T(#5) ou T(+5) ou T+ )


Acordes de Tétrade:

São os acordes com a adição da sétima maior, sétima menor ou sétima diminuta.


Sétima maior – usa-se o 7M, maj7 ou ∆, as vezes também encontramos a alternativa ∆7. No acorde maior e aumentado é colocado logo após a tônica, no acorde menor logo após a letra m. Exemplos:

C7M   |   C7M(#5)   |   Cm7M


Sétima menor – usa-se o 7 colocado da mesma forma que a sétima maior. Exemplos:

C7   |   C7(#5)   |   Cm7


Sétima diminuta – aparece apenas no acorde diminuto.

Acorde diminuto – É a soma de uma tríade diminuta com uma sétima diminuta. É representado pelo símbolo o ou dim. Exemplos:   Co    |   Cdim

Uma alternativa é considerar a sétima diminuta como uma sexta maior e escrever o acorde diminuto da seguinte forma: Cm(b5) + sexta maior (6) = Cm6(b5).

Acorde meio diminuto – É a soma de uma tríade diminuta com uma sétima menor. Escreve-se a sétima menor logo após o símbolo m. Exemplo: Cm(b5) + sétima menor (7) = Cm7(b5). É bastante comum usar o símbolo Ø para substituir o m7(b5). Exemplo: CØ


Tipos de Tétrade utilizados:

T7M | T7 | Tm7 | Tm7(b5) ou TØ | To ou Tdim | Tm7M | T7(#5) | T7(b5) | T7M(#5)



Variações:

Pode-se trocar o 7M por maj7 ou ∆, então temos:

T7M = Tmaj7 = T∆

Tm7M = Tmmaj7 = Tm∆

T7M(#5) = Tmaj7(#5) = T∆(#5)


Pode-se trocar o #5 por +5, então temos:

T7(#5) = T7(+5)

T7M(#5) = T7M(+5) = Tmaj7(+5) = T∆(+5)


Pode-se trocar o b5 por -5, então temos:

Tm7(b5) = Tm7(-5)

T7(b5) = T7(-5)


Pode-se trocar o m por -, então temos:

Tm7 = T-7

Tm7(b5) = T-7(b5) = T-7(-5)

Tm7M = T-7M = T-∆


O acorde de sétima da dominante (T7) – Pode ser representado pelo símbolo dom. Exemplo: C7 ou Cdom.

Parênteses – Servem para separar as notas de tensão do acorde evitando a ambiguidade na leitura e na interpretação da cifra, mas são muitas vezes omitidos. Exemplo: Tm7(b5) fica Tm7b5.


Observe na tabela abaixo o resumo das possibilidade de cifragem de tétrade:


Acordes Suspensos: são acordes que omitem a terça e usam a segunda maior ou a quarta justa na formação.

T2 – Tire a terça do acorde e coloque a segunda maior. É comum encontrar o símbolo sus indicando a suspensão. Exemplo: C2 = Csus2 ( T2 ou Tsus2 ou Tsus )

T4 – Tire a terça do acorde e coloque a quarta justa. É comum encontrar o símbolo sus indicando a suspensão. Exemplo: C4 = Csus4 ( T4 ou Tsus4 ou Tsus )

Podem existir outras variações de suspensão como os tétrades suspensos ou acordes suspensos com notas de tensão acrescentadas. De qualquer maneira o símbolo 2 ou 4 indica a omissão da terça com a inclusão da respectiva segunda ou quarta. Quando o símbolo sus aparecer sem indicar 2 ou 4, coloque qualquer um dos dois.


Acordes com tensão acrescentada: São os acordes que possuem notas além da sua estrutura de tríade, tétrade ou suspenso. Cada tensão tem um símbolo que indica a sua inclusão.

Normalmente as notas de tensão aparecem entre parênteses na cifragem do acorde. Os números usados estão acima da oitava mas é comum encontrar tensões escritas equivocadamente abaixo disso.


Outras tensões: É possível adicionar qualquer tipo de tensão ao acorde, contando que se use pra simbolizar números acima da oitava.


Acordes com baixo trocado: Quando o baixo do acorde é diferente da nota da tônica indicamos a nota com a sua letra correspondente, escrita no final da cifra do acorde e separada por uma barra.

Acorde/Baixo

Exemplos:

Acorde de Dó maior com baixo em Sol→ C/G

Acorde de Fá# menor com baixo em Lá→ F#m/A

Outros exemplos:

G7M/D   |   Eb7(9)/Bb   |   G#9/F#


Acordes com sexta: São os acordes de tríade com uma sexta acrescentada e normalmente não possuem sétima. Quando a sexta e sétima existem no mesmo acorde escreve-se o tétrade normalmente e a sexta aparece como tensão (b13 ou 13). Exemplos:

Tm6   |   T6   |   T6(9)   |   Tm6(9)   |   T7(13)   |   T7(b13)  |   Tm7(13)

Os acordes com sexta são enarmônicos com diferentes tétrades:

Cm6 (C Eb G A) = Am7(b5) (A C Eb G)

Tm6 = Vim7(b5)   |   T6 = Vim7

T6(9) = Vim7(11)   |   Tm6(9) = Vim7(b5/11)


Powerchords: São formados apenas pela tônica e pela quinta justa, independente de qual delas está no baixo ou quantas vezes são tocadas cada uma das notas. São cifrados com o símbolo 5, exemplo: C5 ( T5 )


Resumo das diferentes formações de acorde e suas cifras:

Clique na imagem para ampliar


Observe abaixo a tabela com a indicação de nota para cada símbolo em cifra para as diferentes tônicas:

Clique na imagem para ampliar

Como usar a tabela acima:


1 – Escolha o acorde cifrado, por exemplo→ C7M(#11)


2 – Defina a tônica. No acorde de C7M(#11) será a nota C (Dó).


3 – Identifique a estrutura (tudo que vai depois da tônica sem contar as tensões acima da oitava) → C7M(#11) → T7M


4 – Ache as notas que fazem parte da estrutura do acorde indicadas pela parte inferior da tabela.

Terça maior→ nota E

Quinta justa→ nota G

Sétima maior→ nota B


5 – Ache as notas de tensão usando a parte superior da tabela

#11→ nota F#


As notas que fazem parte de C7M(#11) são: C E G B F#


Outros símbolos:

Add→ adicionar o intervalo indicado.

Omit→ omitir o intervalo indicado.

Aug→ Aumentado, substitui o (#5).

Alt→ alterar com combinações de b5, #5, b9 e #9.


As cifras no Jazz – Existem pequenas diferenças no sistema adotado pelo jazz americano e em parte pelos europeus onde alguns intervalos são subentendidos no contexto do acorde.

Ou seja, todos os intervalos em saltos de terça até o indicado. Quando querem apenas adicionar um intervalo usam o símbolo add. Por exemplo: Cadd9 é uma tríade de C + nona.


Cadd9→ C + 9

C9→ C + 7 e 9

Cadd11→ C + 11

C11→ C + 7, 9 e 11

Cadd13→ C + 13

C13→ C +, 7, 9, 11 e 13


As tensões também são bem comuns no estilo, então raramente um acorde será somente uma tríade, normalmente tem sétima mais alguma tensão, mesmo que não tenha sido escrita. Alguns exemplos:

C→ toca-se C7M(9)

Cm→ toca-se Cm7(9)

C7→ toca-se C7(b5#9) ou qualquer outra alteração compatível com a melodia.


Outras abreviações também são bastante utilizadas:

Sétima maior→ maj→ Exemplo: Cmaj  (C E G B) ou Cmaj9  (C E G B D)

Suspensão com sétima, segunda e quarta→ sus→ Exemplo: Csus  (C D F Bb)


E o uso de enarmonias nas tensões do acorde alterado:

b5→#4 ou #11   |   #5→b13

Exemplos:   C7(b9#11)   |   C7(b9b13)

Observe na tabela abaixo os acordes mais comuns no Jazz:




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