Sugestões de Músicas
Nessa seção vou listar algumas das músicas que reconheço como preciosidades dentro do mundo musical. São construções que contribuiram efetivamente de alguma forma no meu desenvolvimento musical, seja por ilustrar alguma técnica na guitarra, pelo uso de alguma sonoridade diferente, pela interpretação singular, pela força da estrutura ou por me motivar a conhecer e descobrir mais. São músicas que, de forma única, são geniais na sua essência.
Essa listagem está apenas no começo, vou adicionando as músicas aos poucos…
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49 – Night Rhythms (Lee Ritenour) – Um guitarrista de temas simples mas geniais, com uma abordagem funkeada e linhas de baixo sólidas. Muitas das melodias logo ficam na cabeça e a vibe dos arranjos cria uma atmosfera que é muito agradável para improvisar. A música Night Rhythms evolui de forma suave e cada instrumento tem seu espaço. As trocas harmônicas passam de forma suave mas são ricas em pequenos detalhes que fazem uma grande diferença na apreciação do som.
Música começa aos 40 segundos.
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48 – Breezin (George Benson) – Dentro do jazz, blues, funk e soul é um guitarrista marcante com linhas de guitarra muito bem colocadas e muita maturidade no desenvolvimento das improvisações. Sem excessos e muito musical coloca em cada tema exatamente o necessário. Tem vários lados, indo do jazz tradicional e Bebop até o funky pop, onde canta como poucos.
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47 – Icarus Dream Suite Opus 4 (Yngwie J. Malmsteen) – Conheci primeiramente o guitarrista como um virtuoso no instrumento, depois redescobri sua música através do talento de suas composições. O Malmsteen sempre foi um prodígio, gravando albuns com 17 anos e sem dúvida revolucionou a guitarra dentro do rock introduzindo construções melódicas e harmônicas da música clássica.
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46 – Naima (John Coltrane) – Encontrei essa música enquanto estudava o Real Book de Jazz. Encarei como um objeto de estudo fascinante pois o andamento lento possibilitava a descoberta de caminhos diferentes ao improvisar em cima das cadências harmônicas elaboradas. Tem um clima denso entregue pelas tensões dos acordes e das escolhas de notas da melodia.
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45 – Ao Velho Pedro (Paulo Moura) – Do album “Alma Brasileira” que reune grandes temas como Rio Negro, Diálogo e a música título Alma Brasileira. Arranjos muito bem elaborados e uma dedicação para a interpretação do clarinete e saxofone que fazem do Paulo Moura um músico sem igual. Muita síncopa, muito swing e um constante diálogo entre os instrumentos fazem desse album inteiro uma experiência sem igual.
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44 – Samba em Prelúdio (Vinícius de Moraes e Baden Powell) – Uma das melodias mais bonitas da música brasileira. Tem característica intensa e muita força mas flui de forma leve e cativante. Baden Powell foi sem dúvida um grande marco para o violão brasileiro com grandes composições como Berimbau e Canto de Ossanha, também em parceria com o Vinícius.
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43 – Whispering a Prayer (Steve Vai) – A versão ao vivo em Astoria – Londres. O Steve Vai consegue nessa música uma combinação perfeita entre o sustain entregue pelo captador Fernandes Sustain, o uso da alavanca e o pedal de volume. A melodia é extremamente simples e repete bastante, mas a forma como a música se desenvolve e cresce cria uma atmosfera indescritível.
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42 – Moonlight Sonata (Beethoven) – Todos os movimentos dessa sonata são lindíssimos e a sua introdução traz uma das melodias mais famosas do compositor. Mas foi o terceiro movimento, o Presto, que me intrigou. Tive que estudar a fundo essa música para compreender como um trecho tão rápido poderia ser tocado com uma interpretação tão leve.
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41 – Time Traveler (Vinnie Moore) – Música do album “Out of Nowhere” que marca uma mudança radical nas composições do Vinnie Moore buscando melodias mais simples, com estrutura bem delineada e muita dinâmica na pegada da guitarra. O primeiro trabalho que conheci dele foi o seu primeiro disco solo – “Mind’s Eye” – com uma cara mais neoclássica. O trabalho me impressionou bastante, mas foi com o album “Out of Nowhere” que fui conquistado. Um dos seus últimos trabalhos, o album “To The Core” é também um dos seus melhores.
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40 – Cause We’ve Ended as Lovers (Stevie Wonder) – Na versão do Jeff Beck. A música em si é fantástica, mas a interpretação do Jeff Beck deu pra esse som uma outra dimensão. É a mistura perfeita entre timbre de guitarra, mixagem com a banda e a colocação perfeita do fraseado. Sua articulação mistura os dedos da mão direita, o controle pleno do botão de volume e a alavanca. A guitarra praticamente canta a melodia com o fôlego do incrível sustain.
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39 – Quarteto de Cordas KV 428 em Eb maior (Mozart) – Esse quarteto faz parte de uma série de quartetos que Mozart compôs em homenagem a Joseph Haydn, e é dividido em 4 partes. Tem melodias muito fortes e contrapontos complexos com uso de cromatismos e notas pedal. Conhecer o vasto trabalho de Mozart é fundamental para qualquer estudante de música com suas construções geniais e melodias memoráveis. E a beleza na interpretação das várias versões gravadas é uma inspiração a parte. Abaixo o primeiro movimento:
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38 – Propeller (Paul Gilbert) – Música muito interessante do album Fuzz Universe, construída em 7 e entregando bastante sincopação. A abordagem usada no arranjo é bastante direta e limpa, quase sem sobreposições. O refrão tem uma melodia cativante com uma construção rítmica que foge do óbvio. Fora isso o fraseado do Paul Gilbert impecável como sempre.
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37 – Aftershock (Dixie Dregs) – Banda com o Steve Morse na guitarra e Jerry Goodman no violino. A interação entre esses dois instrumentos nas melodias é indescritível. Tem horas que é difícil separar um do outro já que o violino também toca com distorção. Vale a pena conhecer o album dessa música – Dixie Dregs Full Circle – e também toda a discografia da banda. Muitos riffs matadores e arranjos impecáveis.
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36 – Passion (Peter Gabriel) – É impossível separar apenas uma música dessa obra incrível do Peter Gabriel já que os temas estão fortemente conectados. Foi primeiramente escrita para o filme “A Última Tentação de Cristo” como trilha sonora, mas após o lançamento do filme o Peter Gabriel voltou a trabalhar nas músicas ampliando o projeto, versão essa que foi apresentada no album “Passion: Music for The Last Temptation of Christ”. Conta com melodias intensas de característica sul asiática e africana, muita riqueza nas linhas de percussão e vozes. Uma verdadeira obra prima progressiva que conta com músicos de altíssima qualidade como o baterista Billy Cobham.
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35 – Passaredo (Chico Buarque e Francis Hime) – A música por si só é maravilhosa, mas o arranjo do Francis Hime trouxe uma qualidade muito especial para a execução. Como a letra fala de vários tipos de passarinhos usou-se no arranjo linhas de flautas tocando pequenos arpejos usando a escala hexafônica, criando assim o mesmo tipo de caos que percebemos quando ouvimos vários pássaros cantando simultaneamente. Com o mesmo efeito da natureza tudo foi colocado de forma que não perdesse a harmonia geral, realmente único.
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34 – 4 Minutes to Live (Steve Morse) – A criatividade desse guitarrista parece ilimitada e o disco Stressfest é definitivamente sua grande obra prima. Esse tema foi todo construído sobrepondo um ostinato e a dinâmica envolve por completo. Recomendo escutar ainda as músicas “Rising Power”, “Stressfest”, “Glad To Be” e “Brave New World”.
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33 – Tiquiê River (Uakti/Philip Glass) – É o grupo de percussão que mais gosto e que sempre acompanhei o trabalho, seja comprando os discos, indo a shows ou participando de workshops. É fascinante acompanhar o desenvolvimento e execução dos instrumentos criados com canos de pvc, borracha, metal e água. O disco “Águas da Amazônia” foi composto pelo minimalista Philip Glass e deve ser apreciado na íntegra, é uma referência dentro do estilo.
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32 – Echoes (Pink Floyd) – Foi uma das primeiras bandas que tive contato e sempre tive o guitarrista David Gilmour como uma das minhas principais referências, tanto de timbre como de fraseado. Essa música com mais de 23 minutos é um ícone do progressivo, com evolução lenta e clima denso. É um tema sem pressa e entrega muito espaço para cada um dos instrumentistas, evolui de forma concreta com um desfeixo sensacional. Recomendo conhecer a versão ao vivo em Pompeia onde o tema ganha, através das improvisações, um sabor diferente.
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31 – Noites Cariocas (Jacob do Bandolim) – Outro grande nome do choro com um largo acervo de melodias cativantes. É difícil escolher um único tema desse compositor já que suas construções são tão ricas e bem estruturadas. Acho muito interessante o formato dessa melodia com vínculos persistentes onde o motivo é repetido em alturas diferentes e elaborado até o limite.
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30 – Major Fascination (Frank Gambale) – Sem dúvida o pouco que conheço de sweep picking tenho que atribuir a esse grande guitarrista. Toca com uma incrível fluidez e tem uma técnica impecável e sempre foi meu objeto de estudo. Esse fusion tem o contraste que sempre busco nas minhas composições, com um bom balanço rítmico, mudanças de escalas e uma boa soma de idéias inovadoras e interessantes.
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29 – Tanti Anni Prima (Astor Piazzolla) – A suavidade e beleza dessa melodia é inigualável. Tem corpo denso e complexo, captura nossa atenção de imediato, quase num transe, e nos carrega ao longo da sua elaboração. Gosto de todo o trabalho do Piazzolla e recomendo também seus clássicos como Libertango, Adios Nonino, Las Cuatro Estaciones e Calambre. Perceba sempre a presença do mistério, da majestosidade e da força.
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28 – Abraçando Jacaré (Pixinguinha) – Um dos grandes nomes da música brasileira e do choro, penso no Pixinguinha como uma das principais referências. Melodias cativantes e construções harmônicas interessantes estruturam toda sua obra. Essa música foi o primeiro choro que aprendi a tocar e permanece comigo até hoje.
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27 – São Jorge (Hermeto Pascoal) – Acho que poucos humanos transpiram música como o Hermeto. Sua brasilidade flui naturalmente com sua imensa capacidade de compor. Faz música como se respira ar, em qualquer lugar a qualquer momento. Se tivessemos que resumir paixão por música com uma única palavra essa seria Hermeto, o mago. Multi-instrumentista e eterno experimentador, faz da música uma grande brincadeira.
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26 – Lôro (Egberto Gismonti) – Sem dúvida um dos compositores brasileiros mais inspirados. Pianista virtuoso com um vasto trabalho autoral, indo de peças simples para piano e violão até os arranjos sofisticados para orquestra. Para conhecer a música do Egberto deve-se escutar toda a sua produção, desde o início, pois tantas são as roupagens. Sugiro escutar também Karatê, Palhaço, Dança dos Escravos e Frevo.
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25 – Inside Out (Chick Corea) – Tema de abertura do album de mesmo nome do grupo Chick Corea Elektric Band com o Frank Gambale na guitarra. Acho o disco inteiro muito inspirador e foi sem dúvida uma das minhas grandes influências dentro da linguagem fusion. Toda a atmosfera criada pelas sequências harmônicas elaboradas me motivaram a estudar o estilo cada vez mais. Temas com muitas convenções e mudanças de compasso.
Posso dizer que meu interesse em levar o sweep ao limite veio quando observei o guitarrista Frank Gambale fluir de forma única no seu instrumento.
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24 – Peaches En Regalia (Frank Zappa) – Descobri essa música enquanto estudava os temas do Real Book de Jazz, Volume 1. Sem dúvida o Frank Zappa foi e é um dos grandes nomes da música contemporânea. Seu trabalho transcende e frequentemente atravessa o limiar entre o aceitável e o ridículo. Como compositor sempre buscou os limites da sonoridade, seja pelo uso de relações harmônicas inusitadas, ou pelos timbres inesperados.
O tema “Peaches En Regalia” trabalha com inúmeros clichês colocados de frente, chocando entre si. A novidade vem através das mudanças bruscas, seja de linguagem, seja no arranjo.
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23 – Some Skunk Funk (Brecker Brothers) – uma mistura muito interessante entre o jazz e o funk nesse fusion dos Brecker Brothers. O tema é dobrado por boa parte dos intrumentos da banda num arranjo sincopado e elaborado. As improvisações com trechos outside criam um bom balanço com a base. O groove ao longo de toda a música cria unidade e justifica a liberdade dos solistas.
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22 – Ice 9 (Joe Satriani) – Foi a primeira música de guitarra instrumental que aprendi a tocar. Escutei o album “Surfing With The Alien” pela primeira vez na íntegra pelo rádio logo após o lançamento oficial em 1987 e fiquei energizado com toda a riqueza e pegada dos riffs e fraseados. Esse disco do Satriani é sem dúvidas um ícone e um dos mais importantes na história do rock instrumental, vale a pena conhecer do início ao fim.
Um dos grandes desafios foi aprender o primeiro solo da música Ice 9, com muitos ligados em velocidade, boa abertura de mão e troca de escalas.
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21 – Double Trouble (Otis Rush) – Na versão ao vivo de Eric Clapton do album “Just One Night”. Transcrevi vários dos solos lentos de blues do Eric Clapton. Foi através deles que conheci os principais licks de pentatônica e que comecei a visualizar os desenhos da escala ao longo do braço da guitarra. Percebi que alguns formatos se repetiam em músicas diferentes, ou que alguns licks eram parecidos. Dessa forma fui entendendo a aplicação dos shapes de escala para a improvisação.
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20 – Polonaise e Double da Suíte BWV 1067 (JSBach) – Essa peça faz parte da suíte número 2 em Bm para orquestra de Johann Sebastian Bach. Uma boa parte dos meus estudos era dedicada a aprender as articulações de instrumentos diferentes da guitarra, tentando reproduzir suas nuances e características. O double dessa música consiste num dueto entre a flauta e o cravo; a leveza dos solos de sopro eram derivados dos ligados entre inúmeras notas e o grande desafio era transpor essa sutileza para a guitarra. A forma que encontrei foi a de manter os ligados em uma única corda invertendo a mão com tapping, técnica que continuo a usar dentro do rock.
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19 – Money For Nothing (Dire Straits) – A primeira vez que a guitarra me chamou a atenção foi quando escutei o riff inicial dessa música do Dire Straits. A força do instrumento com seu timbre aberto e imponente e a energia de sua singularidade foram impiedosos comigo. Foi quando a guitarra passou a ter destaque na minha percepção, quando passou a ser objeto de curiosidade e interesse.
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18 – Strike Up The Band (Shaun Baxter) – Essa música faz parte do cd “Jazz Metal” do guitarrista Shaun Baxter que reune 11 músicas numa onda hard – metal – jazz. A mistura dos clichês de rock com a elaboração do fraseado de jazz criou movimento sem sobrecarregar o ouvido. É um cd onde o ponto forte é o balanço entre o simples e o complexo, entre o clichê e a novidade.
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17 – Havona (Weather Report) – Penso nessa música como um estereótipo de fusion, de como o estilo deve ser estruturado e escrito. É perfeito e genial em muitos aspectos, desde a elaboração harmônica, a limpeza na execução técnica e o dinamismo nas improvisações. Destaco o trabalho incrível do baixista Jaco Pastorius e suas levadas elaboradas que sustentam os contrapontos dos solistas.
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16 – Watercolors (Pat Metheny) – Acho muito interessante a forma como o tema é colocado nesse som e a interação da guitarra com os demais instrumentos. Na primeira vez a articulação da guitarra é delicada com o tempo quase livre, o arranjo simples. Na repetição o tema ganha movimento com a entrada da bateria e baixo que marcam os acentos do guitarrista. Finalmente na terceira vez a estrutura do arranjo consolida e cria a atmosfera para as improvisações que seguem.
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15 – Face First (Tribal Tech) – Scott Henderson é sem dúvida uma das minhas maiores referências e seu fraseado nessa música é incrível. O som começa com muito groove com o baixo do Gary Willis, um dos baixistas mais inteligentes do fusion moderno. Depois uma melodia fragmentada, que vai aparecendo aos poucos, culminando num refrão marcante. O solo do Scott Henderson foi muito bem estruturado, evolui lentamente, trabalha com contrastes e tem muitas ideias vinculadas, bem entrelaçadas.
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14 – Mediterranean Sundance (Al Di Meola) – Construída sobre um clichê harmônico mas carregada de idéias e uma linda roupagem flamenca. A versão que me chamou a atenção foi tocada pelo Al Di Meola junto com o Paco de Lucia ao vivo em São Francisco em 1980 e lançado em 81 no disco “Friday Night in San Francisco”. A diferença entre a improvisação dos 2 músicos é marcante demonstrando a bagagem musical de cada um e as diferenças de linguagem.
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13 – Entre dos Aguas (Paco de Lucia) – É impossível falar de violão flamenco sem pensar diretamente no Paco de Lucia, uma das maiores referências da música espanhola e um virtuoso com talento empecável. Outra coisa impossível é tentar escolher uma música dentro do vasto repertório produzido e gravado pelo Paco, mas essa música tem o esteriótipo intenso e a leveza com que ele toca é marcante. A impressão é de que ele já nasceu sabendo de tão natural que é a relação com o instrumento.
Acho inspirador o flamenco, uma boa fusão entre musicalidade, origem, dissonância, harmonia, virtuosismo e mistério. Qualquer disco do Paco é um mar sem fim de novas idéias.
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12 – We Can Work It Out (The Beatles) – Foi um dos primeiros rock que escutei na minha vida. A música tem uma harmonia simples mas é muito sofisticada nos demais quesitos. Muito bem estruturada, um arranjo bem elaborado e uma parte B em tom menor criando um contraste especial. É imponente sem sufocar a delicadeza da melodia.
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11 – All Along The Watchtower (Jimi Hendrix) – A interpretação dos solos nessa música do Bob Dylan mostram todo o potencial desse fenomenal guitarrista que fez do instrumento uma prolongação da sua voz. A saturação do timbre da guitarra é perfeito fazendo dessa música um dos ícones musicais do Jimi Hendrix.
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10 – Suíte Popular Brasileira (Villa Lobos) – Essa é uma das obras primas de Villa Lobos onde ele consolida numa suíte fantástica o que o violão representa para a música brasileira. Uma das melhores interpretações é do violonista Turíbio Santos no disco Villa Violão (1987).
As construções harmônicas são fantásticas e casam perfeitamente com as delicadas melodias de choro, uma obra extremamente complexa mas de fácil assimilação. Destaque pra melodia quase barroca da Gavota-Choro, quarto movimento da suíte.
- 1 – Mazurka-Choro (1908)
- 2 – Schottish-Choro (1908)
- 3 – Valsa-Choro (1912)
- 4 – Gavota-Choro (1912)
- 5 – Chorinho (1923)
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9 – Beatriz (Edu Lobo e Chico Buarque) – Essa valsa de melodia simples mas muito intensa brilha nas mãos do violonista Marco Pereira que entrega uma interpretação perfeita, como se a música fosse parte de si. Cada nota é articulada de forma delicada e cantada, é onde a técnica vira música na forma mais pura possível.
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8 – You (Pet Metheny) – O guitarrista Pet Metheny é sem dúvida um dos mestres do jazz e fusion transbordando sempre a mistura de todas as suas vivências musicais. É notável a influência em suas composições de melodias que transcendem fronteiras e culturas. A versão de “You” do seu DVD Speaking of Now Live conta com a participação do imensurável Richard Bona que canta a melodia sem o uso de palavras, apenas com fonemas próprios.
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7 – A Wing and a Prayer (Mike Stern) – Um exemplo perfeito como um Chord Melody soa quando escrito de forma equilibrada. A fusão entre as notas da melodia, os acordes e a interpretação fazem dessa música um exemplo intenso da maturidade musical do Mike Stern. O solo improvisado após o tema, sem excessos, casa muito bem em todo o contexto.
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6 – Bachianinha 1 (Paulinho Nogueira) – Essa música se destaca na simplicidade da melodia, na simplicidade da harmonia e arranjo, mas na complexidade da sua construção. Todas as notas estão dispostas de forma perfeita, cada parte do tema constrasta, cada frase acrescenta e o todo é fantástico.
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5 – Concerto para Violino e Oboé BWV 1060R (JSBach) – Um dos maiores, senão o maior compositor que já pisou no planeta. Essa obra foi originalmente composta para 2 harpsichords (cravos) e depois adaptada para violino e oboé, onde a complexidade entre o diálogo dos solistas expõe a magnitude do concerto. Destaque para a força da abertura e do contraponto no adagio. Adoro as versões com o violinista Yehudi Menuhin, são dignas da obra.
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4 – Requiem (W.A. Mozart) – Composta no final da vida de Mozart essa obra mostra toda a intensidade da sua vivência musical. A descoberta da obra de Bach fez com que ele buscasse novas fronteiras e que suas melodias fossem carregadas de emoção. Infelizmente Mozart não viveu para terminar o Requiem, completada posteriormente por Franz Xaver Sussmayr. Até hoje, com a descoberta de novas partes escritas por Mozart, tenta-se criar um novo desfeixo para a obra. A versão que gosto mais é a do grande maestro Sir Colin Davis com a BBC Symphony Orchestra de 1967.
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3 – Luiza (Tom Jobim) – Música de harmonia complexa e densa contrastando com uma melodia memorável. Tom Jobim usou todos os artifícios da cadência brasileira criando esse som que transcorre como uma onda, com picos de ansiedade e berços de calmaria. A versão gravada no cd Passarim cantada pelo próprio Tom Jobim é sem dúvida a mais fiél ao proposito da melodia, cantada com angústia e redenção.
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2 – Proto Cosmos (Tony Williams Lifetime com Allan Holdsworth) – Allan Holdsworth é pro fusion o que Jimi Hendrix foi pro rock, um grande inovador que escreveu e tocou de forma nunca antes pensada. Toca com muita facilidade e improvisa com um sabor único. Fez da guitarra um outro instrumento trazendo uma outra lógica, mostrando que a criação musical ainda está no berço, que temos muito ainda a acrescentar. Qualquer versão dessa música é única e rica, vale a pena colecioná-las.
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1 – Kick It All Over (Greg Howe) – Escutei essa música pela primeira vez pouco depois do lançamento do cd Greg Howe – Greg Howe (1990) e fiquei encantado com a leveza e pegada do guitarrista, sem perder a linguagem roqueira. Todos os riffs são fortes e o fraseado muito melódico num instrumental estereótipo de guitarra. A música continua no seu repertório, mostrando a força e perpetuação da composição.
Studio:
Execução ao vivo (aos 3:07s):
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