Intervalos – Definição e Aplicação
Intervalos
Olá pessoal, nessa aula vamos discutir o que é intervalo em música, quais os tipos, onde eles ficam localizados no braço da guitarra e qual a sua aplicação dentro do contexto musical.
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Introdução: Os intervalos na guitarra vão muito além da definição teórica, eles possuem uma aplicação prática que é determinante para o controle pleno das escalas, arpejos e relação nota X harmonia. Por consequência usamos os intervalos para improvisar e compor, transpor e arranjar, é através deles que damos mais um passo em direção a independência no instrumento.
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Definição: Intervalo é a distância entre duas notas, medida em números, que usa a separação em tons para definir o seu tipo. Essa distância pode variar entre ½ tom até o limite do nosso instrumento. Quando nos movemos uma casa no braço da guitarra estamos nos deslocando ½ tom, que é o menor intervalo usado na música ocidental. O maior intervalo é restrito pela capacidade humana de escutar, vai de 20hz (muito grave) até 20khz (extremamente agudo), muito mais amplo do que a tessitura (alcance) do nosso instrumento.
A guitarra de 24 casas tem uma tessitura intervalar considerada média, vai da sexta corda solta, nota Mi (afinação convencional em 82hz) até a primeira corda, casa 24, também nota Mi (4 oitavas acima → 1312hz). Podemos estender esse alcance usando harmônicos naturais ou artificiais, atingindo confortavelmente mais 2 oitavas.
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Como classificar os intervalos?
Primeiro usamos uma numeração pra representar a distância entre os nomes das notas seguindo a sequência diatônica (Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó). Por exemplo, para medir a distância entre Dó e Ré.
Tomando o Dó como primeira nota, vamos até Ré, que é a segunda nota, então o intervalo é de segunda. De Dó para Sol é uma quinta pois contamos 5 notas de Dó até Sol → Dó Ré Mi Fá Sol. De Dó até Si é uma sétima pois contamos 7 notas de Dó até Si → Dó Re Mi Fá Sol Lá Si. É importante não esquecer de contar a nota de partida como a primeira.
Partindo de outra nota seguimos a mesma lógica, por exemplo, de Ré até Si. Contamos Ré Mi Fá Sol Lá Si, ou seja, 6 notas, intervalo de sexta.
Sustenidos (#) e bemóis (b) → eles não interferem na atribuição numérica do intervalo, apenas no tipo de intervalo. Então:
Quando não existe distância em tons entre 2 notas e elas recebem o mesmo nome, chamamos de uníssono, ou intervalo de primeira justa → Dó para Dó, C#-C#, D-D, etc…
Justo, maior, menor, aumentado, diminuto → Após a classificação numerica atribuimos uma outra classificação que vai levar em conta a distância em tons, seguindo as seguintes lógicas:
1 – Os intervalos de 2a, 3a, 6a e 7a podem ser menores ou maiores.
2 – Os intervalos de 1a, 4a, 5a e 8a podem ser justos.
3 – Todos os intervalos podem ser diminutos ou aumentados.
4 – Todos os intervalos podem ser superdiminutos (ou sub) ou superaumentados.
Superdiminuto < Diminuto < Menor < Maior < Aumentado < Superaumentado
Superdiminuto < Diminuto < Justo < Aumentado < Superaumentado
Legenda: Relação de distância entre os tipos de intervalos
Agora observe abaixo a classificação do intervalos com relação a distância em tons da tônica C:
Legenda: Intervalos a partir da tônica C
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Exemplo 1: Qual é o intervalo de Dó até Láb?
Dó Ré Mi Fá Sol Láb → 6 notas → Sexta
Dó até Láb tem 4 tons → Sexta menor
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Exemplo 2: Qual é o intervalo de Mi até Si?
Mi Fá Sol Lá Si → 5 notas → Quinta
Mi até Si tem 3½ tons → Quinta Justa
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Exemplo 3: Qual é o intervalo de Sib até Sol#?
Sib Dó Ré Mi Fá Sol# → 6 notas → Sexta
Sib até Sol# tem 5 tons → Sexta aumentada
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Exemplo 4: Qual é o intervalo de Ré# até Dó?
Ré# Mi Fá Sol Lá Si Dó → 7 notas → Sétima
Ré# até Dó tem 4½ tons → Sétima diminuta
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Os intervalos não precisam se limitar a uma oitava, podemos usar classificações como nona, décima, décima primeira, e assim por diante.
Se um intervalo for superdiminuto e perder mais 1/2 tom passa a ser chamado de supersuperdiminuto. A mesma lógica se aplica ao aumentado, se ganhar 1/2 tom passa a ser chamado de supersuperaumentado. Daí por diante o super é sempre acrescentado a cada 1/2 tom.
Intervalo composto: São os intervalos acima de uma oitava como nona, décima primeira, décima terceira. Também se usa esse termo para acrescentar uma oitava ao intervalo. Por exemplo, uma terça composta é uma oitava + uma terça. Uma sexta composta é uma oitava + uma sexta. Os intervalos ditos simples estão abaixo de um oitava. Observe na tabela abaixo a equivalência entre os intervalos simples e compostos:
Legenda: Equivalência entre os intervalos simples e compostos
(maior) – Quando o acorde é maior usa-se a terça maior.
(justa) – Quando não há quinta na cifra ela é justa.
o – Na prática a sétima diminuta só é usada no acorde diminuto.
Harmônico e melódico: quando as duas notas são tocadas simultaneamente, chamamos o intervalo de harmônico. Quando as duas notas são tocadas em sequência chamamos o intervalo de melódico.
Ascendente ou descendente: No intervalo melódico quando a segunda nota é mais aguda que a primeira chamamos o intervalo de ascendente. Quando a segunda nota é mais grave que a primeira chamamos o intervalo de descendente.
Consonantes X dissonantes
Consonantes: são os intervalos sem tensão, mais estáveis, que soam agradáveis ao ouvido. As duas notas soam sem uma causar grande interferência na outra. Os consonantes podem ser divididos ainda em perfeitos e imperfeitos.
- Perfeitos (1a, 4a, 5a, 8a justas) → totalmente estáveis, as notas coexistem com mínima interferência.
- Imperfeitos (3a, 6a menores e maiores) → menos estáveis.
Dissonantes: são os intervalos tensos, instáveis, causam expectativa. A vibração de uma nota interfere na vibração da outra causando efeitos destrutivos e construtivos. São os de 2a e 7a menores e maiores, e grande parte dos intervalos aumentados e diminutos.
m→menor | M→maior | J→justo
Legenda: Classificação da tensão dos intervalos
A mesma classificação serve para os intervalos compostos, mas com o afastamento entre as notas temos a redução da sensação de dissonância.
Os intervalos também podem ser classificados com relação a porcentagem do comprimento que vibra da corda da guitarra. Quando ela vibra em toda a sua extensão a nota emitida é chamada de primeiro harmônico, intervalo uníssono, representado pela fração 1:1. Quando dividimos a corda no meio, colocando o dedo na casa 12, a nota soará uma oitava acima, fração 2:1 (enquanto a nota aguda vibra 2 vezes, a grave vibra 1), e assim por diante. Duas notas muito próximas tendem a vibrar em desarmonia gerando tensão. Observe a tabela abaixo, usando o Lá 110hz (quinta corda solta) como referência:
Legenda: Relação Comprimento da Corda X Tensão
Com a aproximação das frequências entre as 2 notas do intervalo temos o aumento da tensão.
Batimento: Intervalos proximos como as segundas e sétimas ou ainda intervalos abaixo do 1/2 tom quando tocados de forma harmônica soam fragmentados, como uma “vibração exagerada” e oscilação definida. Esse efeito acústico chamamos de batimento que é provocado pelo reforço e cancelamento periódico da amplitude das ondas sonoras. Por exemplo, 2 ondas de frequências muito proximas, de 440hz e 448hz. Entrarão e sairão de fase numa taxa de 8 vezes por segundo e essa oscilação é facilmente percebida. Se formos aproximando a afinação entre as notas essa taxa vai caindo até desaparecer no uníssono. Usamos esse artifício para auxiliar a afinação do instrumento. Os intervalos consonantes imperfeitos ganham essa denominação pois existe, de forma sutil, batimento entre as notas do intervalo, não são estáveis como as consonâncias perfeitas, onde o batimento é mínimo.
Legenda: Relação entre Consonância, dissonância e batimento
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O Trítono: É o nome dado ao intervalo de 3 tons → Quarta aumentada (#4, #11) ou quinta diminuta (b5). A maior distância entre duas notas dentro de uma oitava é o trítono (3 tons) e o mesmo intervalo se repete a cada trítono (3 tons).
Exemplo: F e B possuem 3 tons de distância, B e F também.
F + 3 tons = B | B + 3 tons = F
Apesar da distância o intervalo de trítono soa dissonante e a explicação está dentro da série harmônica (harmônicos que soam junto com a nota).
Legenda: Conflito entre os harmônicos do trítono
Observe o conflito de 1/2 tom entre os harmônicos B e C, F e F#, F# e G, C e C#. Para uma nota grave conseguimos escutar, em condições perfeitas, até 16 harmônicos. Na prática os 6 primeiros harmônicos são evidentes e determinantes.
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Inversão de intervalos: Na prática invertemos o intervalo quando tocamos a segunda nota antes da primeira.
Exemplo: Intervalo entre Dó e Fá.
Dó Ré Mi Fá → 4 notas → Quarta
Dó até Fá tem 2½ tons → Quarta Justa
Agora invertendo temos Fá e Dó.
Fá Sol Lá Si Dó → 5 notas → Quinta
Fá até Dó tem 3½ tons → Quinta Justa
Então a inversão do intervalo de Quarta Justa será um intervalo de Quinta Justa.
Dica 1: A inversão do intervalo é sempre o número que falta para completar 9…
Inversão de 1 será 8 pois 9-1=8 Inversão de 5 será 4 pois 9-5=4
Inversão de 2 será 7 pois 9-2=7 Inversão de 6 será 3 pois 9-6=3
Inversão de 3 será 6 pois 9-3=6 Inversão de 7 será 2 pois 9-7=2
Inversão de 4 será 5 pois 9-4=5 Inversão de 8 será 1 pois 9-8=1
Dica 2: A inversão do tipo
Diminuto → Aumentado
Menor → Maior
Justo → Justo
Maior → Menor
Aumentado → Diminuto
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Semitons diatônicos ou cromáticos: Dizemos que um semitom é cromático quando o nome da nota permanece, por exemplo, de C para C#. Ele é diatônico quando o nome da nota muda, por exemplo, de C para Db.
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Enarmonia: dois intervalos são considerados enarmônicos quando possuem a mesma frequência sonora mas recebem nomes diferentes. Exemplo: C# e Db.
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Arranjo de guitarras em intervalo de Terças e Sextas: Um efeito bastante tradicional no arranjo de guitarras é separá-las em intervalos de terças ou sextas. Isso reduz o batimento dessas consonâncias imperfeitas, limpando o som. Exemplo em audio, primeiro os intervalos de terças numa única guitarra e depois com duas guitarras:
Legenda: Tablatura do exemplo em audio
Como os acordes de tríade e tétrade são construídos pela sobreposição de terças, separa-se as guitarras colocando cada uma numa das notas do acorde. As posições mais comuns são a terça ou quinta do acorde, enquanto o baixo faz a tônica. Quando o acorde é uma tríade é bastante comum a troca do intervalo de terça pela quarta justa, ou de sexta pela quinta justa, para respeitar a estrutura do acorde. No acorde T7, quando uma das guitarras está tocando a sétima, harmoniza-se com uma terça. Se o acorde aceitar a tensão T7(b9) coloca-se uma terça menor, se o acorde aceitar a tensão T7(9) coloca-se uma terça maior. Veja nos exemplos abaixo os casos em que o arranjo de terças muda para quarta e o arranjo de sextas muda para quinta:
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Exemplo 1 (Gtrs em terça): Acorde de C, Guitarra 1 tocando a quinta justa → Nota Sol.
A guitarra 2 tocará a nota mais aguda Dó (4a justa entre a Gtr1 e Gtr2), pois o acorde não tem sétima. A sequência tem que respeitar as notas da tríade: C E G C.
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Exemplo 2 (Gtrs em sexta): Acorde de C, Guitarra 1 tocando a tônica → Nota Dó.
A guitarra 2 tocará a nota mais aguda Sol (5a justa entre a Gtr1 e Gtr2), pois o acorde não tem sexta. A sequência tem que respeitar as notas da tríade: C E G C.
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Exemplo 3 (Gtrs em terça): Acorde de C7, Guitarra 1 tocando a sétima menor → Nota Sib.
Se a harmonia aceitar a tensão C7(b9) a guitarra 2 toca a nota Db (3a menor entre a Gtr1 e Gtr2). Mantivemos o arranjo em terça mas acrescentamos uma nota de tensão que não faz parte da estrutura do acorde, o Réb. A mudança para o arranjo de quarta justa pode ser usado nesse contexto mas o intervalo entre Sib (Gtr1) e Mi (Gtr2) será dissonante (trítono).
Se a harmonia aceitar a tensão C7(9) a guitarra 2 toca a nota D (3a maior entre a Gtr1 e Gtr2), mesma situação da de cima, adaptando a tensão ao acorde.
Se a harmonia aceitar a tensão C7(#9) a guitarra 2 toca a nota D# (4a justa entre a Gtr1 e Gtr2).
Legenda: Arranjo em terças/sextas para os acordes do Campo Harmônico Maior
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Acordes X Intervalos: Na tabela abaixo você encontra os tipos mais comuns de acordes para cada intervalo. Lembre que música se faz além das regras e a beleza de um acorde e cadência vem do inusitado, o que foge do comum. Use as relações pra entender a estrutura e cor dos acordes mais usados, mas construa acordes com todas as combinações possíveis.
T → Tônica do acorde
Legenda: Acordes mais comuns para cada intervalo
Abaixo você encontra os tipos de intervalos usados na formação de cada acorde e as tensões mais comuns:
Legenda: Tipo de intervalos na formação de cada acorde e tensões
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Escalas X Intervalos: Cada escala musical é formada por um grupo de notas que possuem entre si uma distância determinada pelo tipo de escala. Essas distâncias podem ser medidas em intervalos.
m→ acorde menor | M→ acorde maior
Legenda: Relação de intervalos para cada tipo de escala
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Intervalos e Modos Gregos: A intenção modal está diretamente relacionada com a ênfase do intervalo característico do modo. Na construção do fraseado temos que levar em conta o apoio na nota e sua relação com a tônica modal. Os intervalos dissonantes devem ser usados com preparação para aliviar o excesso de tensão.
Nota: Lembre que a intenção modal vem de uma soma de fatores relevantes como as notas da escala, o intervalo característico, a construção harmônica e o retorno a tônica modal.
Jônico – O intervalo característico é a quarta justa. Deve-se evitá-la nos acordes tônicos (Graus 1, 3 e 6), mas é importantíssimo o apoio nessa quarta nos acordes em que ela faz parte (demais graus). Esse balanço criado pelo contraste do apoio/recusa da quarta justa é o que cria o efeito modal Jônico.
Dórico – O intervalo característico é a sexta maior. Ela tem a tendência de soar dissonante no acorde tônico modal, por isso faz-se sua preparação com a sétima.
Frígio – O intervalo característico é a segunda menor, normalmente usado fora do acorde tônico modal (usado somente como passagem). Aparece sem restrições nos acordes em que ele faz parte da estrutura.
Lídio – O intervalo característico é a quarta aumentada e seu apoio no acorde tônico modal é bastante comum. Costuma-se prepará-lo com a quinta justa.
Mixolídio – O intervalo característico é a sétima menor e o seu apoio no acorde tônico modal é vital. Outra relação importante para a intenção é o intervalo de segunda menor entre a terça e a quarta da escala.
Aeólio – O intervalo característico é a sexta menor e, como no Jônico, deve-se evitar usá-lo nos acordes tônicos (Graus 1, 3 e 5) e enfatizá-lo nos acordes em que ele faz parte (demais graus). Esse balanço criado pelo contraste do apoio/recusa da sexta menor é o que cria o efeito modal Aeólio.
Lócrio – O intervalo característico é a quinta diminuta. É bastante comum o Lócrio ser representado por 2 intervalos característicos (b2 e b5), mas essa segunda tem que ser usada com precaução pois é característica do Frígio. O modo é bastante dissonante pois o acorde tônico modal é um Tm7(b5) – meio diminuto.
Observe a aplicação dos modos, a ênfase do intervalo característico, as cadências típicas de cada modo e a construção do solo na tabela abaixo (exemplos com a tônica em Dó):
Legenda – Relação entre ênfase modal e cadência
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Assimilando os intervalos:
Conhecendo o som: é importante saber reconhecer os intervalos pelo som e não apenas pela teoria, pois daí a aplicação direta do conceito se torna eminente. Existem muitas formas para condicionar a assimilação…
- Tocar os intervalos de forma separada, tentando memorizar os sons.
- Tocar escalas com saltos de intervalos.
- Tocar arpejos com saltos de intervalos.
- Improvisar usando apenas um intervalo.
- Associar a músicas conhecidas.
Listo abaixo algumas músicas conhecidas e o intervalo em que começam, pode ser ascendente ou descendente. Você pode escutar cada intervalo nos exemplos em audio…
Audio
- Intervalos melódicos ascendentes com distorção
- Intervalos melódicos descendentes com distorção
- Intervalos harmônicos com distorção
- Intervalos melódicos ascendentes sem distorção
- Intervalos melódicos descendentes sem distorção
- Intervalos harmônicos sem distorção
- Intervalos com 2 guitarras
Segunda menor → Filme Tubarão, A Hard Days Night (The Beatles), Insensatez (Tom Jobim), Fur Elise (Beethoven), Stella by Starlight (Victor Young – Real Book Jazz), Anos Dourados (Tom Jobim & Chico Buarque).
Segunda maior → Parabéns pra Você, My Funny Valentine (Richard Rodgers – Real Book Jazz), Yesterday (The Beatles).
Terça menor → Two Minutes to Midnight (Iron Maiden), Smoke on the Water (Deep Purple), Greensleeves (Anônimo), Hey Jude (The Beatles), Misty (Erroll Garner – Real Book Jazz).
Terça maior → The Number of the Beast (Iron Maiden), Primavera das 4 estações (Vivaldi), Summertime (Gershwin – Real Book Jazz), Giant Steps (John Coltrane – Real Book Jazz), Sinfonia 5 (Beethoven), Eu sei que vou te Amar (Tom Jobim), Águas de Março (Tom Jobim).
Quarta justa → Fear of the Dark (Iron Maiden), Hino Nacional Brasileiro, All The Things You Are (Jerome Kern – Real Book Jazz).
Quarta aum/Quinta dim → Simpsons (tema), YYZ (Rush).
Quinta justa → One (Metallica), Blackbird (The Beatles), Filme Superman, Tema dos Flintstones.
Sexta menor → In My Life (The Beatles), You’re Everything (Chick Corea), Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá), Chega de Saudade (Tom Jobim).
Sexta maior → My Way (Frank Sinatra), Tema do Fantasma da Opera.
Sétima menor → Filme Star Trek – refrão, Watermelon Man (Jazz Standard).
Sétima maior → Take on Me (A-ha, refrão).
Oitava justa → Wasted Years (Iron Maiden), Black Sabbath (Black Sabbath), Enter Sandman (Metallica), Blue Bossa (Kenny Burrel – Real Book Jazz), Sweet Child ‘o Mine (Guns & Roses).
Crie sua própria lista com as músicas que curte e que conhece bem.
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Intervalos no braço da guitarra: Ao longo do braço a relação intervalar se mantém. Tenha cuidado apenas com a segunda corda (B), que é afinada meio tom abaixo das outras, tem que ser compensada tocando-se 1 casa acima.
Exercícios de assimilação – Videos:
Video 1: Intervalos Consonantes Perfeitos (4a, 5a e 8a justas)
Nesse video você escutará cada intervalo tocado de forma ascendente e descendente em 3 oitavas, com e sem distorção, de forma melódica e harmônica e separado em 2 guitarras. Tente interiorizar o som de cada intervalo escutando atentamente buscando relações com as coisas que toca e ouve. Depois de escutar cada um dos intervalos faça o exercício/ditado do final do video, escrevendo numa folha de papel o resultado.
- Identifique o intervalo
- Classifique em harmônico ou melódico
- Classifique em ascendente ou descendente
Confira com a tabela de resultados e procure identificar onde e porque errou, se esse for o caso. Se conseguiu 100% de acertos siga para o proximo video.
Video 2: Intervalos Consonantes Imperfeitos (3a menor e maior, 6a menor e maior)
Video 3: Intervalos Dissonantes (2a menor e maior, 4 aum/5 dim, 7a menor e maior)
Video 4: Todos os intervalos. Um ditado com 100 intervalos diferentes em todas as formas.
m – Menor | M – Maior | J – Justo | A – Aumentado
H – Harmônico | MA – Melódico Ascendente | MD – Melódico Descendente
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